sábado, 15 de setembro de 2012

Protesto contra puxada de cavalos termina em agressão em Pomerode


Apr 19, 2010

Os integrantes das ONGs Associação dos Melhores Amigos dos Bichos (AMA Bichos) e Associação de Proteção aos Animais de Blumenau (Aprablu), agredidos no último domingo durante a puxada de cavalos em Pomerode, farão exame de corpo de delito hoje no Instituto Geral de Perícias, em Blumenau. Voluntária da AMA Bichos, Heike Weege, disse que a entidade irá acionar juridicamente a organização da puxada pela violência contra os membros das ONGs. 

Veja no youtube: 

http://www.youtube.com/watch?v=i1ni3wuCnrg&feature=player_embedded

Os voluntários das organizações de proteção aos animais fizeram um protesto contra a puxada durante o evento que ocorreu domingo à tarde, na localidade de Ribeirão Souto, em Pomerode, no Vale do Itajaí. Quatorze manifestantes das ONGs Aprablu e Amabicho ficaram feridos no confronto com os organizadores e participantes da puxada.
A presidente da Aprablu, Bárbara Lebrecht, foi empurrada e machucou a perna. Outras duas manifestantes foram feridas na cabeça. O cinegrafista da TVBV Luiz Deluca, 25 anos, foi agredido a tapas no pescoço e teve o equipamento destruído.
Era pouco mais de 14h quando iniciava a quinta rodada da puxada de cavalos, na arena improvisada em terreno próximo ao Clube de Caça e Tiro Germano Tiedt. O evento, organizado pelo Clube do Cavalo, reunia 25 participantes, 60 animais e era assistido por cerca de 200 pessoas.
A Polícia Militar, o Corpo de Bombeiros e o Samu foram acionados, mas chegaram cerca de 15 minutos após o protesto. Os manifestantes foram à delegacia registrar boletim de ocorrência.
As pessoas que protestavam criticavam o uso dos cavalos em provas, cujo objetivo é medir a força do animal, arrastando sacos de areia de até 2 toneladas por uma distância de 10 metros.
FONTE:  Grupo RBS

Cartas enviadas ao Prefeito de Pomerode

Emails para protesto

Prefeito de Pomerode: prefeito@pomerode.sc.gov.br
Câmara de vereadores : camara@cmpomerode.sc.gov.br
Jornal Pomeroder Zeitung: jornalpz@jornalpz.com.br
Ministério Público de Santa Catarina: ouvidoria@mp.sc.gov.br

Cavalos de trabalho


Os cavalos, burros e mulas de trabalho são de valor inestimável para o cultivo da terra e transporte de produtos e pessoas.
Acredita-se que mais da metade da população mundial dependa dos cavalos para seu sustento.
Porém, apesar de servirem tão lealmente a seus donos, em muitos países os equídeos de trabalho estão sofrendo.



Trabalho demais, cuidados de menos

Em muitos lugares do mundo, os donos de cavalos não têm o conhecimento, a capacidade ou os recursos para colocar o bem-estar de seus animais em primeiro lugar.
Os equídeos de trabalho muitas vezes recebem pouco ou nenhum cuidado veterinário. Frequentemente:
  • São mantidos em condições precárias, com sérias deficiências nutricionais.
  • Suas ferraduras são mal colocadas, o que resulta em manqueira.
  • São sobrecarregados ou forçados a puxar carroças sem condições de trafegar por estradas.
  • Estão infestados de parasitos.
  • Trabalham por muitas horas, sob altas temperaturas, sem água ou descanso.

Uma atuação mundial

A WSPA trabalha para fornecer treinamento e equipamentos necessários para que os donos possam cuidar de seus animais.
Em nosso trabalho com as organizações de proteção e bem-estar animal na Ásia, na África, no Oriente Médio e na América Latina, nós:
  • Educamos os donos em relação ao bem-estar dos cavalos.
  • Aumentamos o acesso a serviços veterinários, cuidados com os cascos, água e sombra.
  • Incentivamos os governos a implementar leis de proteção para eqüídeos de trabalho.
  • Mantemos clínicas móveis que fornecem cuidados veterinários onde eles são necessários.
Ao melhorar o bem-estar dos eqüídeos de trabalho, esses programas também beneficiam as pessoas que deles dependem.

Como ajudar

Ao viajar, evite usar animais de carga ou fazer passeios de montaria em burros ou cavalos quando a carga for pesada e as condições precárias.
 Fonte: WSPA

Pegada Animal: a campanha


QUALIDADE DE VIDA NAS FAZENDAS - MÉTODO HUMANITÁRIO DE CRIAÇÃO DE ANIMAIS 


Os benefícios proporcionados por métodos humanitários de criação de animais poderão surpreendê-lo. Não são apenas os animais que se beneficiam de um bom tratamento e de uma boa qualidade de vida nas fazendas, mas nós também. 

A nossa saúde, o nosso meio ambiente e a criação de animais em fazendas poderão ser aprimorados por meio de práticas amigáveis aos animais. Junte-se a nós agora nesta viagem de descobrimento…

A nossa situação não é confortável neste momento.


Em muitos países, os sistemas intensivos de criação de animais vêm contribuindo para o aumento da poluição e para a perda de biodiversidade. Além disso, esses sistemas  podem ser uma ameaça à nossa saúde – tudo isto como resultado da criação de animais de produção em condições desumanas.

Mas temos boas notícias. Já existem maneiras alternativas.




Acreditamos que os métodos de criação só serão de fato sustentáveis, contribuindo para o futuro do meio ambiente e dos sistemas econômicos, se houver preocupação com os animais, com os seres humanos e com o planeta como um todo. Em todo o mundo, fazendas que se preocupam com a sustentabilidade e com o bem-estar dos seus animais já vêm provando todos os dias que animais criados em melhores condições geram uma gama de benefícios para as pessoas, para os animais e para o planeta. 

Neste sentido, um giro rápido pela Índia seria bastante esclarecedor. É lá que a criação de galinhas soltas vem ajudando na emancipação econômica de suas criadoras. Da Índia, rumaríamos para os EUA, onde fazendas de criação de gado em sistema extensivo – ou seja, pastando livremente – vêm dando muitas oportunidades de emprego estável para a população local. De lá, partiríamos para o Brasil, onde fazendas que optam por métodos humanitários na criação de suas galinhas vêm contribuindo para a proteção do meio ambiente local contra poluentes e pesticidas

Nós já temos o caminho a ser trilhado. Agora, é só darmos os primeiros passos!


O mundo não pode mais esperar por soluções. Precisamos que você se junte a nós imediatamente para incluirmos os ótimos benefícios da criação humanitária de animais na agenda da Rio+20. Juntos, poderemos convencer os nossos governantes a se aperceberem da importância da criação humanitária de animais para a melhoria das condições de vida de todos os seres, homens e animais, e do nosso planeta.
E você também poderá descobrir de que maneira seu estilo de vida vem influenciando a vida de animais criados em fazendas, através da campanha Pegada Animal.
Estas são as cinco ações que os seus governantes podem realizar imediatamente para protegerem os recursos naturais do nosso planeta através de práticas de produção e de criação mais eficientes:  
Apoiarem e investirem em pesquisa e desenvolvimento, visando a demonstrar como métodos humanitários de criação de animais ajudam a proteger e a desenvolver economias rurais;
Reconhecerem que boas práticas e políticas locais e globais de criação animal são fundamentais para salvaguardar o bem-estar das pessoas, dos animais e do planeta como um todo;
Darem apoio formal aos criadores que optarem por métodos humanitários, oferecendo incentivos e contribuindo para a criação de políticas de financiamento; 
Evidenciarem a importância das fazendas sustentáveis para o desenvolvimento econômico do país. 
Incentivarem os consumidores a optarem por produtos provenientes de sistemas que adotem boas práticas nas criações de animais.

Fonte: WSPA

http://www.wspabrasil.org/pegada-animal/default.aspx

sábado, 8 de setembro de 2012

Denise Bicca e a história da encantadora de cavalos dos Pampas

"O melhor do meu trabalho é a emoção indescritível a cada cavalo com quem começo uma relação. O momento em que todas as perguntas dele estão respondidas e se forma uma união e cumplicidade. Aí sim, me sinto completa e forte, pois é um momento só nosso: juntos somos um só e poderosos". (Denise Bicca)
Na edição do Informativo SEDA do último dia 31 abrimos espaço para contar a história e as histórias do “encantador de cavalos” Eduardo Moreira, o empresário que mudou a vida depois de cair de uma égua comprada pela Internet. Mas Porto Alegre também tem uma “encantadora de cavalos”. Denise Bicca é veterinária, professora de equitação, domadora e treinadora de cavalos de esporte e especialista na correção de traumas e desvios de comportamentos. “De tudo o que eu faço, o momento mais excitante é quando vou conhecer um novo parceiro de trabalho. Minha cabeça vai a mil por hora. O primeiro olho no olho, eu perguntando a ele até que momento é melhor respirar, me movimentar, que caminho prefere que eu escolha para chegarmos ao objetivo final. Ficar sempre a postos para responder todas as perguntas que ele tem para me fazer e, no meio dessas perguntas, ele me contando sua história com riqueza de detalhes”. Assim Denise define a sua relação com os cavalos.

A veterinária diz que em um redondel está totalmente disponível ao animal. Ao ser perguntada quantas horas do dia dedica a este trabalho, ela responde: “não trabalho”. Tira férias? “Não preciso”. Se tudo na vida de Denise é um sonho, outras pessoas também podem tê-lo: “Não sei se consigo convencer, mas, certamente tento contagiá-las”.


Clareza e gentileza

Quanto mais estuda, mais claro fica para Denise Bicca que cavalo não se doma. O que funciona para ela é buscar a construção de uma unidade através comunicação clara e gentil. “Deve-se criar um ambiente absolutamente positivo e estimulante para que o cavalo entenda, concorde e queira com nossas diretivas. Iniciar um cavalo é assumir a responsabilidade de levá-lo ao entendimento de nossas solicitações e permitir que ele assuma o compromisso de executar as tarefas, seguir as direções apontadas e manter as velocidades e andamentos solicitados, é criar um acordo de cavalheiros entre cavaleiro e cavalo, baseada na maior suavidade e síntese possível do primeiro de modo que se possibilite que o segundo responda de forma sublime e com a rapidez, presteza e virtuosismo que só um cavalo pode realizar”, ressalta.


Trechos da entrevista com Denise Bicca:

SEDA – Quando e como surgiu a tua paixão por cavalos?
Denise Bicca –
 Acho que já nasci com esta paixão, pois ainda lembro do primeiro cavalo que vi e até do cheiro dele. Foi em Caxias do Sul e eu tinha apenas 4 anos. Desde então, e para sempre, meu coração bate mais forte quando vejo um.

SEDA – E como esta paixão se tornou profissão?
Denise – 
Desde criança eu já dizia que queria ser médica de cavalos (não de bichos). Minha vida toda foi traçada em função deles, da escolinha de equitação em 1973, quando meu pai me levou ao Cantegril Clube, em Porto Alegre, para ter aulas de montaria, até a faculdade de Medicina Veterinária na UFRGS. De cahorros e gatos, só sei que latem e miam (risos).

SEDA – Quantos cavalos já passaram pelas tuas mãos?
Denise – 
Não tem como contar, e, se eu pensar somente no tempo em que me profissionalizei, em 1989, já são 23 anos treinando e dando cursos em todo o Brasil. Ou desde que montei o primeiro cavalo em 1973, já deve dar uma soma considerável, com certeza de quatro dígitos.

SEDA – O método aplicado é o mesmo de Monty Roberts ou tens algum segredo?
Denise – 
Na verdade existem muitos bons profissionais que trabalham com comportamento equino. Monty é um deles e, certamente, aquele que conseguiu chamar a atenção sobre um olhar e treinar mais de acordo com o comportamento e linguagem dos equinos aqui no Brasil, através do seu livro “O Homem que Ouve Cavalos”. Só para citar alguns profissionais que me inspiraram e contribuíram na minha formação: Pat Parelli, Tom Dorrance, Clinton Anderson, Jon Ensign, Buck Brabanann e o brasileiro Jango Salgado.

SEDA – Existe alguma diferença entre um encantador homem e um encantador mulher? Os cavalos sentem a diferença de sexo?
Denise – 
Na verdade, os cavalos sentem diferenças de muitas coisas, de mínimos detalhes, de suavidade de ritmo e afinidade, independentemente do sexo. Já vi mulheres trabalharem de forma mais rude e homens muito sutis e afinados com seus cavalos. Mas de uma forma geral, mulheres são mais delicadas que homens e, assim, o cavalo se sente mais confortável. Basta saber que na natureza o cavalo vive em rebanho e possui um líder, que é a égua mais velha. Isso prova que trabalhar com cavalos não é uma questão de força, e, sim, de experiência e sabedoria.

SEDA – Qual foi teu maior pesadelo num redondel?
Denise - 
Não posso dizer que tive pesadelos em um redondel, mas grandes desafios. O pesadelo mesmo é sempre quando saio dele (redondel), ou porque penso que poderia ter feito melhor para aquele cavalo, ou porque terei que entregá-lo para pessoas que não mereceriam estar com ele.

SEDA – E qual tua maior emoção?
Denise – O melhor do meu trabalho é a emoção indescritível a cada cavalo com quem começo uma relação. O momento em que todas as perguntas dele estão respondidas e se forma uma união e cumplicidade. Aí sim, me sinto completa e forte, pois é um momento só nosso: juntos somos um só e poderosos.

SEDA – Tem algum cavalo que marcou mais tua vida?
Denise – 
Nossa, todos eles. Pensei agora em uns 5 ou 6, mas vou falar do Elvis, um cavalo que descobri puxando carroça. Ele tinha vindo da Bélgica, custado o preço de um apartamento e foi desenganado para o esporte após sofrer uma queda. Por essas casualidades da vida nossos caminhos se cruzaram e o reconheci. Estava com um carroceiro, magrelo, cheio de bernes, carrapatos e piolhos, mas aquele olhar não tinha nada de coitado. Elvis sempre foi um guerreiro e acabei comprando ele por R$ 200 (o dono queria R$ 500, mas acabou concordando com minha proposta porque ninguém quis o cavalo por achá-lo muito feio). Nunca vou me esquecer do jeito que ele olhou para o caminhão que o embarcou para minha casa. Pareceu que estava embarcando para um grande prêmio. Elvis ergueu a cabeça e pisou firme na rampa, carregando sua magreza, piolhos e carrapatos com toda a determinação que sempre teve. Naquele momento aprendi o que é dignidade, que não depende do que fazem com a gente, é o que a gente faz com o que fazem com a gente. Elvis ficou lindo e muito forte, voltou a saltar e ganhou provas e campeonatos com muita facilidade. Virou sonho de consumo de muita gente (risos). Elvis viveu comigo até seus 30 anos de idade. Ano passado tivemos que nos separar. Foi um parceiro e tanto!

Quem quiser conhecer mais do trabalho de Denise Bicca, acesse os sites
www.horsemanship.com.br ou muiedoscavalos.blogspot.com.

Projeto Adote um cavalo já deu novo lar a 227 animais


A Cabanha Santi Machado tem atualmente 13 cavalos para adoção e 16 candidatos adotantes




Os defensores do bem-estar dos equinos têm muito a comemorar. A Secretaria Especial dos Direitos Animais (SEDA) e a Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) se uniram para colocar em prática o projeto “Adote um Cavalo”, e, entre 2010 e 2012, 227 animais vítimas de maus tratos ou abandono foram resgatados e encaminhados para adoção.



O trabalho de proteção dos cavalos congrega várias frentes do poder público municipal. Em parceria com o Batalhão Ambiental da Brigada Militar e a Coordenadoria de Vigilância em Saúde da Capital, a EPTC realiza blitzes de fiscalização e averigua denúncias encaminhadas pelo telefone 118. De acordo com o agente da EPTC, Paulo Roberto Dorneles, todas as abordagens são feitas de forma tranquila, principalmente com os donos de carroça. O objetivo é fazer um diagnóstico da saúde do animal, bem com das condições de esforço físico. “Identificamos possíveis maus tratos, como a ausência de ferraduras, debilidade física, marcas de ferimento e fêmeas prenhas. Constatado o abuso, o animal é recolhido e não pode ser devolvido ao dono”, explica Dorneles.



Além das blitzes, a EPTC realiza rondas diárias na Capital. A parceria com as secretarias municipais dos Direitos Animais e do Meio Ambiente proporciona uma política rígida e atenta contra os maus tratos. Conforme Daura Pereira Zardin, médica veterinária da Secretaria da Saúde do município, a prefeitura conta com um abrigo para equinos, localizado na Estrada Chapéu do Sol, bairro Belém Novo. A Cabanha Santi Machado, que já recebeu 107 animais em 2010, tem hoje 13 cavalos para adoção e 16 candidatos adotantes. 

Segundo números da EPTC, 90% dos candidatos adotantes são proprietários de sítios. Os 10% restantes são ONGs e clínicas especializadas em ecoterapia. Pessoas ou instituições interessadas em adotar um cavalo precisam encaminhar um formulário de adoção junto à EPTC. Os adotantes devem seguir algumas regras visando o cuidado e o bem-estar dos animais:

·         O interessado será depositário fiel do animal, não podendo comercializá-lo de nenhuma forma;
·         O adotante deverá possuir local adequado para manter o cavalo em boas condições;
·         O animal não poderá ser submetido a qualquer tipo de trabalho, especialmente os de tração, como guia de carroças, charretes e arado. Também não poderá ser usado em práticas esportivas, como salto e corridas;
·         O interessado deve apresentar RG, comprovante de residência e assinar um Termo de Compromisso de Adoção, juntamente com representante de entidade assistencial, de educação ou de associação civil, devidamente cadastrada na EPTC, que participará da intermediação da adoção.
 FONTE: SEDA


Porto Alegre amanheceu mais bonita na segunda-feira

O Hospital Veterinário Municipal Vitória será construído pela iniciativa privada em terreno do município de 1,1 mil metros, na rua Comendador Tibiriçá, bairro Jardim Botânico. Somente a área hospitalar terá 600 mil para atender casos de média e alta complexidades e será doado à Secretaria Especial dos Direitos Animais (SEDA) totalmente equipado
 
Graças a mais uma parceria entre a Prefeitura e a iniciativa privada, a partir de 2013, Porto Alegre terá o primeiro hospital público para animais de estimação do Brasil. Na segunda-feira (3), o prefeito José Fortunati e o representante da empresa Nova Vicenza Negócios e Participações, Rodrigo Souza, assinaram o Termo de Compromisso para construção do Hospital Veterinário Municipal Vitória (HVMV). As obras estão previstas para iniciar em novembro, com duração de 10 meses.

O Vitória será construído pela iniciativa privada em terreno do município de 1,1 mil metros, na rua Comendador Tibiriçá, bairro Jardim Botânico. Somente a área hospitalar terá 600 mil para atender casos de média e alta complexidades e será doado à Secretaria Especial dos Direitos Animais (SEDA) totalmente equipado. 

Em seu discurso, o prefeito fez um resgate histórico da SEDA para enfatizar os desafios enfrentados até a conquista do Hospital Veterinário Municipal Vitória: “Quando encaminhamos o projeto de criação da SEDA à Câmara de Vereadores sofremos muitas críticas e resistências até ser aprovado pela maioria em plenário. Passado um ano, a equipe é pequena, mas a determinação e sua organização têm trazido resultados surpreendentes. O maior entendimento do trabalho realizado por esta Secretaria se dá nas vilas da Capital”. 

Desde a sua implantação, a Unidade Móvel do Bicho Amigo atendeu mais de 3,2 mil animais das seguintes comunidades: Albion, Alto Erechim, Belém Novo, Bom Jesus, Cavalhada, Cefer, Chapéu do Sol, Cruzeiro, Esmeralda, Glória, Hípica, Jardim Leopoldina, Jardim Sabará, Lageado, Lami, Lomba do Pinheiro, Mário Quintana,Passo das Pedras, Passo das Pedras II, Protásio Alves, Renascença, Restinga, Rincão, Rubem Berta, Santa Fé,Santa Tereza, Viçosa, Vila Dique, Vila Pinto, Vila Planetário e Vila Renascença. 
Infraestrutura 

A elaboração do projeto contou com o apoio do Sindicato dos Médicos Veterinários. “O SIMVET sente-se honrado por este momento histórico no Estado e no país”, disse Angélica Zollin, presidente da entidade. Já a primeira-dama Regina Becker afirmou que a prioridade de atendimento seguirá os padrões da Área de Medicina Veterinária: animais vítimas de acidentes e de maus tratos, bem como de famílias em condições de vulnerabilidade com renda até três salários mínimos.


O HVMV terá quatro blocos cirúrgicos, duas salas de preparação, Unidade de Tratamento Intensivo (UTI), uma sala de recuperação compartimentada para evitar estresse de animais em atendimento pós-cirúrgico, estruturas de triagem, quarentena e 120 baias para cães e gatos que permanecerem hospitalizados. 

A Área de Medicina Veterinária da SEDA conta com uma equipe de seis veterinários que atendem, em média, 60 casos diários de média complexidade, como esterilização, cirurgias de risco (tumores e amputações), tratamento quimioterápico e atendimento a animais vítimas de acidentes e atropelamentos. Casos mais graves, como cirurgias ortopédicas, RX e exames laboratoriais são atendidos pelas clínicas parceiras da prefeitura Do Forte, Dr. Abílio e Mundo Animal e o Laboratório Pathos. 

O novo hospital necessitará, num primeiro momento, de 20 profissionais para atender uma previsão de 100 animais por dia. A prefeitura prevê a realização de concurso público para veterinário no início do próximo ano. “O Poder Público tem suas limitações para atender todas as demandas da população, por isso, nossos parceiros são mais que bem-vindos; são fundamentais na transformação de filosofia com relação aos animais e preocupação com o bem-estar deles, com o aconchego e afeto”, concluiu o prefeito.
BALANÇO
Atendimentos, cirurgias e fiscalizações da SEDA na semana
A Secretaria Especial dos Direitos Animais (SEDA) realizou, entre os dias 31 de agosto e 5 de setembro, 127 esterilizações, 267 vermifugações e vacinações em comunidades da Capital, 35 atendimentos clínicos e 15 cirurgias, sendo uma amputação, quatro para retirada de hérnia e três, de tumor. A equipe de Fiscalização atendeu a 107 demandas do “Fala Porto Alegre – 156”. As solicitações também podem ser encaminhadas pelo site www.falaportoalegre.com.br/solicitacao.